Provavelmente foi ontem, ou hoje...

Chega o dia em que nos confrontamos com a realidade. E com a desilusão. O viver 11 anos em função de uma pessoa que nos trata bem, como uma princesa... mas que obviamente também tem os seus defeitos. É mais de um terço de uma vida a apoiar incondicionalmente alguém. Posso ter feito escolhas e ter tido decisões menos acertadas mas nunca deixei de acreditar e de ir em frente. Posso ter os meus defeitos mas sempre fui o maior suporte e ninguém poderá negar que fui importante em algumas das conquistas mais importantes da vida da outra pessoa. Sem falsas modéstias, em alguns pontos fui a peça-chave, a força motriz.

 

Não me apetece contar pormenores, mas a verdade é que espero há tempo demais por algo que sinto que não vai acontecer. Estou perto de fazer 29 anos. Não sou velha, mas também já não caminho para nova e para nós, mulheres, algumas coisas começam a complicar-se a partir de uma certa idade.

 

Por isso, hoje deixo de sonhar. Enterro o sonho no meu coração. É suposto que um sonho seja algo que queremos concretizar  e que nos faça feliz. E não sendo, deixa de ser um sonho.