Este fim-de-semana fiquei a saber que três dos meus doentes da farmácia morreram. Cada vez que tenho conhecimento de notícias destas parece que se perde um bocadinho da minha história enquanto farmacêutica comunitária. Foram pessoas que acompanhei durante mais de ano e meio, sabia a medicação de cor, sabia a marca dos genéricos que costumavam tomar. Por isso é que, às vezes, tenho saudades do trabalho em farmácia. Pela ligação que conseguia ter com determinadas pessoas. Pessoas que se vão perdendo. Perdendo um pouco de nós mas sabendo que fizémos parte das suas vidas, que ouvimos as suas dores, que ajudámos de alguma maneira.
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