segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Desassossego

Para hoje reservei algumas frases do Livro do Desassossego, de Bernardo Soares.

“É humano querer o que nos é preciso, e é humano desejar o que não nos é preciso, mas é para nos desejável. O que é doença é desejar com igual intensidade o que é preciso e o que é desejável, e sofrer por não ser perfeito como se se sofresse por não ter pão. O mal romântico é este: é querer a Lua como se houvesse maneira de a obter.”

“Não se pode comer um bolo sem o perder.”

“Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste.”

“A beleza de um corpo nu só o sentem as raças vestidas. O pudor vale sobretudo para a sensualidade com o obstáculo para a energia. (…) Não sente a liberdade quem nunca viveu constrangido.”

“Esta criança, que brinca diante de mim, é um amontoado intelectual de células – mais, é uma relojoaria de movimentos subatómicos, estranha conglomeração eléctrica de milhões de sistemas solares em miniatura mínima.”

“(…) e a alma é ser-se.”

“Vive a tua vida. Não sejas vivido por ela. Na verdade e no erro, no gozo e no mal-estar, sê o teu próprio ser.”

1 comentário:

riacrdoo disse...

Olha que esta última frase é muito boa. Vou tentar fazer o que ela diz! ;)