Passaram 7 meses desde que dei entrada no Hospital de São João com uma pulseira laranja (que corresponde a doentes muito urgentes). Estava longe da minha terra, longe dos meus, apenas com um colega de trabalho a quem tenho muito a agradecer por tudo o que representou para mim naquele dia. A única cara conhecida, um apoio constante e a fazer de tudo para que o desfecho fosse o melhor.
Tinha-me sido diagnosticada a trombose venosa há poucos dias e estava a fazer heparina. Todas as suspeitas iniciais, felizmente, não se confirmaram e acabei por sair ainda nesse dia. A alta não me trouxe muita segurança (eu, hipocondríaca, me confesso) e passei semanas a visitar médicos, a fazer exames e a tentar perceber se a situação (cujo agravamento me podia colocar em risco de vida) já estava ultrapassado.
Foi a primeira vez que senti que podia não sair dali. Nem os piores ataques de pânico me tinham dado tamanha angústia e preocupação. Sai da triagem numa cadeira de rodas, fui colocada numa cama com elevação da cabeça para oxigenação e não podia levantar-me. Até àquele dia dizia que colocar um acesso venoso era algo que me ia trastornar... Assisti impávida à sua colocação. Ainda mais impávida fiquei quando me picaram para fazer a gasometria (e garanto que me doeu bastante, fiquei com uma nódoa negra no pulso durante uma semana). À enfermeira que me administrou a heparina na barriga, sem me dar aquele tempo que dou a mim mesma para ganhar coragem. E só posso dizer que fui muito, mesmo muito, bem tratada no São João.
E depois desse susto foi todo um re(ajustar) da vida... Novas preocupações, novas medidas de prevenção, novas rotinas, algumas para a vida. Mas, no final, não deveríamos ter todos nós mais atenção com a nossa saúde?
Ganhei sobretudo consciência que, de um momento para o outro, quando nada o faz prever, a nossa vida pode mudar completamente. Foi difícil superar? Foi. Ainda é. Mas quando me vou abaixo penso que não foi para isso que a vida me deu esta espécie de segunda oportunidade. E sigo em frente... com um sorriso.
E depois desse susto foi todo um re(ajustar) da vida... Novas preocupações, novas medidas de prevenção, novas rotinas, algumas para a vida. Mas, no final, não deveríamos ter todos nós mais atenção com a nossa saúde?
Ganhei sobretudo consciência que, de um momento para o outro, quando nada o faz prever, a nossa vida pode mudar completamente. Foi difícil superar? Foi. Ainda é. Mas quando me vou abaixo penso que não foi para isso que a vida me deu esta espécie de segunda oportunidade. E sigo em frente... com um sorriso.
10 comentários:
O importante é que até estás bem.. Não te tira qualidade de vida.. Preocupações? Sim dá, mas desde que tenhas cuidado contigo não deve haver problema :)
Faco minhas as palavras da Briana, tambem fui operada ha seis meses atras devido a minha Sindrome de Ovarios Policisticos, vou agora iniciar a 2a parte dos tratamentos, estou confiante, so quero ter qualidade de vida e o resto vem por acrescimo, e viver um dia de cada vez e termos os cuidados necessarios*
Um beijinho grande e muita saude, e o q te desejo de coracao*
https://matildeferreira.co.uk/
Briana,
Foi exactamente isso que tentei transmitir no texto. Foi, sobretudo, um ensinamento!
Bom fim-de-semana e beijinhos :)
Matilde,
Espero que continue a correr tudo bem! O mais importante mesmo é termos saúde :)
Beijinhos grandes
Muita força, espero sinceramente que tudo corra bem :)
Ainda bem que não aconteceu o pior e que estás bem, de vez em quando a vida prega-nos destes sustos valentes!
No final de 2013 também tive uma trombose venosa e na alltura foi um susto e um pesadelo. Mas tudo passa, e o essencial é que estamos aqui :)
Quando a vida nos prega partidas destas, a única coisa que podemos controlar é a nossa forma de enfrentar as adversidades. Quando o nosso corpo parece estar contra nós, temos de lhe mostrar que não vamos desistir e que conseguimos superar esse obstáculo. Por vezes nem sempre é fácil e, para pessoas como tu e eu (nervosas e hipocondríacas), o peso no nosso peito parece dificultar ainda mais o processo de recuperação, parece prender-nos e não nos deixa agir. Mas nós somos fortes, e estas situações só nos deixam mais fortes!
Beijinhos!
ps: obrigada pela mensagem; o mau humor foi passando ao longo do dia.
Fico contente por saber que não passou de um susto! Beijinho grande cheio de boas energias
Gasometria dói realmente muito.
O que importa é que está tudo bem agora!
Boa sorte!
Um beijinho,
xxx
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A minha mãe toma heparina todos os dias, e é para a vida toda. Está habituadíssima!
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