Não posso deixar de fazer este comentário. Sou mais uma daquelas pessoas cujo ordenado se situa na chamada "classe média". Aquela que é sempre a mais afectada em tempos de crise, aquela que mais desconta e que mais vê perder as suas regalias. A juntar a isto, sou também profissional de saúde, daí a necessidade de me insurgir contra situações deste tipo.
Considero inaceitável que um doente que acabou de ter um AVC seja colocado numa maca, no meio de um corredor, os tubos do oxigénio a passarem em frente à porta de um dos quartos, a levar constantemente abanões e pisadelas. O saco do soro e do sangue da transfusão nos pés da cama, junto ao corredor correndo o risco de cair quando passa alguém mais distraído.
Considero inaceitável que um doente que acabou de ter um AVC seja colocado numa maca, no meio de um corredor, os tubos do oxigénio a passarem em frente à porta de um dos quartos, a levar constantemente abanões e pisadelas. O saco do soro e do sangue da transfusão nos pés da cama, junto ao corredor correndo o risco de cair quando passa alguém mais distraído.
Se é para isto que utilizam os impostos que pago mensalmente então sinto-me enganada. Sinto-me indignada por pagar uma fortuna e ver familiares a serem tratados deste modo, passar dias à espera de uma vaga num dos quartos sempre lotados. Temos ouvido falar tantas vezes em redistribuições das redes hospitalares e de cuidados de saúde e, vamos ver na realidade, são sempre os mesmos hospitais que estão cheios.
Os nossos doentes merecem ser melhor tratados, muitos deles foram e são pessoas que contribuiram para o desenvolvimento deste país que agora se afunda e não podemos continuar a aceitar que sejam (des)considerados deste modo.
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