Insólitos acontecimentos se passam na minha vida. A minha carta do IRS desapareceu e não vejo meio de me resolverem a situação, duas idas à loja do cidadão onde me deram informações erradas e me atrasaram ainda mais o processo e nada resolvido. Terei que ir às Finanças da minha área e mesmo assim não sei quando vou ver a cor do dinheiro que é meu por direito. Não fui pedir nada que não fosse meu e mesmo assim só tenho encontrado entraves.
Adiante... Hoje ia com a minha irmã a entrar no Pingo Doce, quando fomos barradas de entrar porque a minha irmã levava na mão um caderno preto A4. Até aqui tudo bem, que lá dentro se vendiam cadernos e assim. Mas o caderno está mais de metade escrito com as aulas de código de onde ela vinha e ainda tem clips a segurar fotocópias. Mesmo depois de termos mostrado que já não restam muitas folhas do caderno e seria facilmente perceptível que, mesmo que tivessemos passado o dia inteiro ali dentro, não conseguiriamos ter escrito todo o caderno como está, não nos deixou entrar. Engraçado é que ali só se faz estas coisas a pessoas "normais", todos os bandidos têm via verde para fazer o que lhes apetece. Mas se for preciso, um dia destes, não me admiro de ver alguém a sair com um bacalhau e a dizer: "Um bacalhau? Não, não... Isto é a minha guitarra!" "Ah pois, então pode passar! Deve ser um novo modelo Norueguês"...
E também devemos ter que começar a deixar à porta, depois de termos sido rigorosamente inspeccionados, só porque lá também se vende:
- A caneta roída e já quase sem tinta que guardamos no bolso do casaco;
- As pastilhas moles e com a caixa toda amarfanhada que trazemos na mala;
- O iogurte azedo que levamos de manhã e não nos apeteceu beber ou a garrafa de água que trazemos e levamos sempre connosco.
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