Este ano não consegui colocar os meus pés na areia molhada. A semana de férias foi passada em casa, os sábados a trabalhar e os domingos não me proporcionaram idas à praia. Não sou uma grande fã de ficar ao sol, mas o início da manhã e o fim da tarde à beira-mar agradam-me.
Senti muitas saudades dos dias de férias que costumo passar, todos os anos, na mesma praia. Este ano dei realmente o devido valor às férias, porque não as tive.
Consigo fechar os olhos e ver todos os sítios, ouvir os sons e sentir os cheiros. Consigo sentir o vento a bater-me na cara, o cheiro dos eucaliptos perto das dunas, o sabor da água salgada que fica na cara. Vou até à cidade e sento-me numa esplanada à sombra, uma torta de amêndoa. Passeio pela marina que já foi jardim, vejo o barco que ruma a Espanha mesmo do outro lado do rio. Os pescadores estão no pontão. O sol faz reflectir as cores rosa e laranja na água, o dia acaba e traz a lua. Vou à padaria perto de casa e compro pão acabado de fazer, como-o quente, quando ainda faz derreter a manteiga.
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