terça-feira, 3 de junho de 2008

E ainda...

Disse pela primeira vez que queria ser farmacêutica após uma visita de estudo no 8º ano ao Instituto Português do Sangue. Sem muita noção, encantada apenas com aquele laboratório e as análises, cuja demostração foi o ponto alto da visita. Tudo ali tinha um pouco de magia... Lembro-me de ter considerado aquilo um novo mundo, algo espantoso... Alguém mais perspicaz perguntou que curso era preciso para trabalhar ali. A resposta foi Ciências Farmacêuticas. Provavelmente uma resposta dada por uma, agora, colega. Nesse ano, comprei o jornal com as médias dos cursos (ainda tenho, algures, o pedaço marcado a vermelho) e decidi que ia ser farmacêutica. Depois sonhei ser psiquiatra durante o secundário, encantada pelos livros do Prof. Daniel Sampaio. Mas no final do secundário regressei à ideia inicial, um pouco por causa da professora de TLQ II, senhora já perto da reforma, licenciada neste curso, cujo rigor nas técnicas laboratorias e gosto pela química orgânica eram extremos. "Má técnica de trabalho" gritava ela sempre que faziamos algo com alguma falta de rigor. E assim foi, no dia da candidatura ao ensino superior tinha apenas a primeira quadrícula preenchida porque não ponderei poder fazer outro curso. Por descargo de consciência, quando chegou a minha vez, acrescentei uma segunda hipótese à candidatura, mas sempre a imaginar que ia tirar CF. O desastre no exame de química fez-me passar um verão de angústia, mas recebi a notícia pela mão (mais propriamente pela sms) do meu futuro padrinho de faculdade às tantas da manhã no dia em que sairam as médias do último colocado "Já podes abrir o champanhe", disse ele. Fui uma afilhada aplicada, mas duvido que hoje em dia ele me dissesse para abrir o champanhe, acho que levava com um "Eu bem te avisei... Se me tivesses dado ouvidos".

Isto também vai um pouco ao encontro do que escreveram os colegas do http://www.linezolide.blogspot.com/ sobre o mundo das CF.

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